sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Espaço-tempo




Às vezes olho para o passado e tudo parece tão confuso.

Uma realidade paralela que eu, talvez, tenha vivido,

Num mundo diferente do que vivo agora.

Alguns trechos são coloridos com as risadas e os sentimentos felizes,

De uma tarde ou madrugada qualquer,  

Outros, cinza.

É como se atravessasse uma barreira no espaço-tempo.

Então, tomo uma cerveja e acalmo a melancolia nostálgica dos meus sentidos,

Que se desfazem numa névoa densa, sombria e solitária,

Restando-me apenas as alegrias do torpor.

Com as gavetas de minha alma cheias dos petrechos que o tempo me relegou,

Sinto o cheiro tênue de um passado que, por tão insignificante, talvez não seja vão.




Autor: Vinícius Tadeu Soares Barbosa