Às vezes olho para o passado e tudo parece tão confuso.
Uma realidade paralela que eu, talvez, tenha vivido,
Num mundo diferente do que vivo agora.
Alguns trechos são coloridos com as risadas e os sentimentos
felizes,
De uma tarde ou madrugada qualquer,
Outros, cinza.
É como se
atravessasse uma barreira no espaço-tempo.
Então, tomo uma cerveja e acalmo a melancolia nostálgica dos
meus sentidos,
Que se desfazem numa névoa densa, sombria e solitária,
Restando-me apenas as alegrias do torpor.
Com as gavetas de minha alma cheias dos petrechos que o
tempo me relegou,
Sinto o cheiro tênue de um passado que, por tão
insignificante, talvez não seja vão.
Autor: Vinícius Tadeu Soares Barbosa