quarta-feira, 9 de abril de 2014

Dionísio



Não quero o morno em minha vida. 

Quero a paixão, a explosão, o sentir um turbilhão em minha alma. 

Não quero a tranquilidade de uma vida vazia de sentido, que procura em divertimentos vãos o estar contente. 

Eu quero o deleite, o saltar de braços abertos no precipício dos sentidos.

Quero uma vida cheia de alegrias transbordadas e não um mero raciocínio silogístico sobre o que fazer em um momento.

Eu quero o beijo lascivo, a embriagues do amor, o delírio doce da saliva em teus lábios.

Eu quero um cálice de vinho.

Não.

Eu quero um litro de vinho.

Melhor, a vinícola inteira.

Eu quero o mar, eu quero a vida.

E quando o meu tempo se esgotar,  

Que eu sinta apenas aquela leve ternura de uma chuva fina ou de um pôr do sol silencioso.   




Autor:  Vinicius Tadeu Soares Barbosa