Não quero o morno em
minha vida.
Quero a paixão, a
explosão, o sentir um turbilhão em minha alma.
Não quero a tranquilidade
de uma vida vazia de sentido, que procura em divertimentos vãos o estar
contente.
Eu quero o deleite,
o saltar de braços abertos no precipício dos sentidos.
Quero uma vida cheia
de alegrias transbordadas e não um mero raciocínio silogístico sobre o que
fazer em um momento.
Eu quero o beijo lascivo,
a embriagues do amor, o delírio doce da saliva em teus lábios.
Eu quero um cálice de
vinho.
Não.
Eu quero um litro de
vinho.
Melhor, a vinícola inteira.
Eu quero o mar, eu
quero a vida.
E quando o meu tempo
se esgotar,
Que eu sinta apenas
aquela leve ternura de uma chuva fina ou de um pôr do sol silencioso.
Autor: Vinicius Tadeu Soares Barbosa