quinta-feira, 17 de julho de 2014

Guardanapos



Às vezes me pergunto o que fizemos de nossas vidas?

Por quê desistimos de trilhar o nosso caminho?

Afinal, tudo era paixão.

Com essa máscara grudada em meu rosto,

Eu não me reconheço no espelho.

Entranho.

Sinto-me estranho.

Alheio.

Sinto-me alheio as coisas do mundo.

No meu interior as flores desabrocham,

As árvores, como no cerrado, já se renovaram.

O chão, contudo, continua queimado do grande incêndio que você causou.

Mas me arriscaria novamente.

Deixaria que as chamas me queimassem por dentro,

Para te possuir por mais um segundo.

Quando você deixou de existir, abandonei as lutas.

Entreguei-me ao vento para que me levasse, para qualquer lugar que apagasse da memória a sua lembrança.

Estranho.

Já faz tanto tempo e ainda me sinto estranho.

Talvez, dentre bilhões de estrelas em bilhões de galáxias exista algo eterno.

E o eterno viva dentro de mim.          



Autor: Vinicius Tadeu Soares Barbosa